Apesar de pouca idade na altura do sucedido, o dia que agora começa, é para mim, um dia de luto.
Concordando ou não com os seus ideais, Sá Carneiro era um politico com visão, que tinha uma visão de longo prazo, um projecto para o futuro.. tão diferente dos actuais, que vivem segundo o soundbyte, com ideias soltas e sem qualquer estratégia com um verdadeiro futuro sustentável.
Confesso que ainda hoje, ouvir a palavra desastre ou acidente associado à sua morte, me faz confusão! Pelo simples facto, de que se tivesse sido um simples acaso, não teria sido necessário tanta preocupação em demonstrar que o tinha sido, nem teria havido tanto desleixo na investigação…
Mas também por que hoje não é dia para tal discussão, nem me sinto com forças para tal, deixo apenas algumas informações e links.
A RTP Memória, emitirá mais logo, pelas 23h, um documentário .
A Wikipédia contém um breve historial sobre ele.
Uma rápida busca poderá conduzir a vários sites, embora destaque A minha rádio que contem os registos da Comunicação do então Presidente, Gen. Ramalho Eanes, e do então nº2 do Governo, e seu sucessor no cargo de PM, Freitas do Amaral (muitos anos antes de vir a sofrer de demência Socratística).
Entre muitos outros registos que se podem encontrar, temos ainda a lembrança de Pedro Santana Lopes, do aniversário em que Sá Carneiro liderando a AD alcançou a vitória nas Legislativas, e o texto de Paulo Pinto Mascarenhas no Atlântico, sobre o tempo entre o 25/11/75 e 4/12/80
Deixo ainda uma referência ao relançado Instituto Francisco Sá Carneiro
Não deixa de ser triste, que passado pouco mais de 2 décadas da sua morte, como muito bem disse Adolfo Mesquita Nunes no A Arte da Fuga:
Acontece que, no PSD, as coisas já fugiram do controlo e há muito que o respeito institucional pelo partido se foi. E, curiosamente, foi em nome desse respeito que os mais institucionalistas iniciaram uma cruzada contra o seu próprio partido, então liderado por Santana Lopes. Foi o princípio do fim.
Mais até do que o próprio Partido, o País necessita que um novo Homem como Sá Carneiro apareça, não como um D. Sebastião ou um Messias, mas alguém com a mesma coragem, a mesma garra, que traga um projecto com sentido e visão de futuro, adaptado a um mundo novo.
À sua memória!
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